terça-feira, 16 de junho de 2009

A moura e as giestas

Na povoação de Zava, do concelho de Mogadouro, há um espinhaço montanhoso que é conhecido por "Cimas de Mogadouro". E neste local está uma gruta que o povo chama "Poço Dourado", a propósito de uma lenda muito antiga.
Conta-se que uma jovem pastora, enquanto o gado bebia, sentou-se na borda do poço a descansar e, de repente, viu reluzir na água um cordão de ouro. A pastora apressou-se a volteá-lo na mão, só que dobou, dobou, e o cordão nunca mais acabava. E como o peso já era muito, resolve então cortar o cordão com um calhau afiado, dizendo:
- Para um par de meias já chega.
E nesse momento, ouviu uma voz desconhecida que lhe disse:
- Dobraste o meu encanto e fizeste a tua desgraça.
Era uma moura que ali estava encantada. Aturdida, a pastora olhou para um lado e outro e não viu ninguém. E nesse instante, todo o ouro desapareceu.

Lenda do Concelho de Mogadouro, Distrito de Bragança

segunda-feira, 15 de junho de 2009

sábado, 13 de junho de 2009

O Islamismo



Muçulmanos é o nome pelo qual se designam os seguidores do Islamismo. Esta palavra significa"submissão", pois a fé islâmica pressupõe uma incondicional submissão à vontade de Deus, a quem os Muçulmanos chamam Alá (termo árabe que significa " o Deus"). Segundo a sua crença, foi ao profeta Maomé, que Deus revelou a fé islâmica, em palavras que posteriormente vieram a formar o livro sagrado do Islamismo, ou seja, o Corão.

Wilkinson, Philip, Dicionário Ilustrado das Religiões,Civilização Editora,2000

terça-feira, 9 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

A arte muçulmana na Península Ibérica

Durante os cerca de 800 anos em que permaneceram na Península Ibérica, os Muçulmanos influenciaram muito a população local, sobretudo nas terras a sul do rio Tejo, visto que esses territórios foram reconquistados mais tarde. Nesses locais foram formadas grandes cidades muçulmanas, tais como: Córdova, Granada, Lisboa, Mértola, Silves e Toledo.
E
is alguns exemplos da arte muçulmana ainda existente nesses centros:


domingo, 31 de maio de 2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Agricultura

As marcas da presença muçulmana na Península Ibérica repercutem-se sobretudo na agricultura, com a introdução de novas culturas como a amendoeira e a laranjeira e a implementação de técnicas de regadio como a azenha e a nora.
Ó Homem de Alcabideche

Ó Homem de Alcabideche
Que não te faltem sementes.
Que o labor do teu moinho,
Cuja vela o vento mexe,
Possa ter o remoinho
Que dispensa as correntes.
Em ano bom só terás
Não mais que vinte medidas
Pois que as restantes verás
Pelos javalis comidas:
Terra de pouca valia
Como eu próprio, agora surdo.
Deixei corte luzidia,
E o seu luxo absurdo.
Em Alcabideche estou
No campo silvas cortando
Com a podoa trabalhando.
Se alguém te perguntou
Se do teu trabalho gostas
Respondesses-lhe que sim:
Quem ama ser livre assim
De bom carácter dá mostras.
Orientado pelo amor
E dádivas que eu colhi
Deixei tudo sem rancor
E em tempo de primavera
A este chão me acolhi.

IBN MUQANA

Nascido em Alcabideche, no início do século XI, desempenhou cargos políticos nas cortes de Sevilha e Granada. Desencantado com as falsidades palacianas, voltou à sua terra para se dedicar à terra.






















http://olhares.aeiou.pt/o_moinho_abandonado%201051_foto1766788.html

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Evocação de Silves

Saúda, por mim, Abu Bakr,
Os queridos lugares de Silves
E diz-me se deles a saudade
É tão grande quanto a minha.
Saúda o palácio dos Balcões
Da parte de quem nunca os esqueceu.
Morada de leões e de gazelas
Salas e sombras onde eu
Doce refúgio encontrava
Entre ancas opulentas
E tão estreitas cinturas!
Mulheres níveas e morenas
Atravessavam-me a alma
Como brancas espadas
E lanças escuras.

AL-MU'TAMID

Nascido em Beja, em 1040, de uma família de poetas, após ter governado Silves, ocupou o trono do reino taifa de Sevilha, em 1069. Morre em 1095, no interior de Marrocos, desterrado.

Os elementos da cultura: a língua

Os invasores do século VIII falavam árabe e falavam dialectos berberes e latino-berberes. Ao contrário do latim, o árabe andaluz resistiu melhor ao processo de desagregação e de dialectização regional. Ajudaram a essa resistência as relações constantes com outros centros de cultura islâmica, a chegada de imigrantes de várias zonas do mundo árabe e berbere, o peso da religião e do seu livro santo, a existência de escolas e de estudos. Sempre se falou árabe no Andaluz, ao longo dos séculos VIII a XI. A duração desta unidade linguística permitiu o enriquecimento do vocabulário local, sobretudo onde a arabização foi mais intensa. Deste modo, cerca de seiscentas palavras árabes passaram para a língua portuguesa, sendo a maior parte referente a vestuário, mobiliário, agricultura, além de nomes próprios e topónimos (nomes de lugares).

http://cvc.instituto-camoes.pt/segport/portarab.html

quarta-feira, 27 de maio de 2009